Quando o mundo fecha uma porta, Deus abre uma janela:

Inicialmente nosso plano de desbravar o mundo era começar uma viagem pelo Brasil a bordo do carro que era do meu pai, um Corcel Standard 1.975.

Meu pai comprou esse carro em 1.978. Acredito que todos da nossa família tem alguma história com o Corcelzinho. A minha é que eu aprendi a dirigir nesse possante.

Um dia eu e minha mãe fomos na casa da minha prima e eu estava dirigindo. Estacionei o Corcel na porta da casa dela e entramos. Quando saímos para ir embora o carro não estava lá. Pensa no desespero de pensar que tínhamos sido roubadas. E pior ainda, como iríamos contar isso pro meu pai…

Mas esse aperto no peito passou rapidinho. A rua da minha prima tem uma discreta ladeira, com uma curva no final. Quando olhamos, o Corcel estava no final da rua, parado na frente de um lote vago, as custas de um monte de areia.

Quando eu estacionei, acionei o freio de mão e deixei o carro engatado. Mas o freio estava com problema e o Corcel desceu rua abaixo. Graças a Deus ninguém se machucou. E acabou que meu pai nunca soube dessa história.

Desde a minha adolescência tinha vontade de “dar um trato” no Corcelzinho. O tempo passou e depois que meu pai morreu começamos a “Operação Lata Velha”, com um processo de restaurar a lataria associado a algumas adaptações da parte elétrica e da mecânica para uma direção mais confortável. Como a Camilla entende muito do assunto, ela tomou a frente do projeto.

Pensamos que o carro ficaria todo pronto em 6 meses, mas já se foram 1 ano e 8 meses e ainda não terminou.

Depois de finalizar a parte da funilaria e pintura, ficamos muito empolgadas com o carro. Foi daí que veio a idéia de cair na estrada com ele. Pensamos em colocar uma barraca de teto e utilizar as plataformas do Couchsurfing e Worldpackers para conseguir hospedagens. Então veio a pandemia do coronavírus e tudo mudou, o mundo mudou…

Inicialmente pensamos em adiar nosso plano. Começar nossa aventura em outro momento. Até que simultaneamente eu e a Camilla chegamos no nosso limite de estresse e insatisfação profissional. Eu tive uma crise de Síndrome de Burnout e para cuidar da minha saúde optei por sair da escala de plantões do hospital. A Camilla decidiu trancar o mestrado. Foi nesse momento que analisando o que estamos vivendo com essa pandemia associado ao nosso sonho de viajar pelo mundo, chegamos a conclusão que a maneira mais segura seria adquirir um motorhome.

Confesso que depois de todo dinheiro e tempo investido com o Corcelzinho, abrir mão de viajar nele foi uma decisão muito difícil.

Mas a vida é assim mesmo. Nem sempre as coisas saem como planejado.
Foi assim que começamos a pesquisar motorhomes a venda e rapidinho encontramos nosso Biruta.

Vendemos praticamente tudo que tínhamos no nosso apartamento e o que não conseguimos vender guardamos para usar quando voltarmos.
Agora estamos fazendo umas adaptações finais no Biruta e contando os dias para iniciar nossa jornada.

Acompanhe essa aventura também pelo nosso site e pelo Instragram:

www.vidabiruta.com.br @vidabirutaoficial

“Entrego, confio, aceito e agradeço”.

Por Lais Luciana dos Reis.

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